quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

CÂNCER DE BOCA - RISCOS E PREVENÇÃO

31 de maio – Dia Mundial do Combate ao Fumo!



Todos os anos, em 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, que é uma data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987, para chamar a atenção mundial para os riscos à saúde associados ao uso do tabaco e defendendo políticas eficazes para reduzir o consumo de tabaco. Nesta data, sempre é escolhido um tema específico, sendo que para este ano de 2015 o tema foi: “Eliminação do Comércio Ilícito de Produtos do Tabaco”
O consumo ilícito de produtos do tabaco é sempre um motivo de preocupação em âmbito mundial, em particular em relação à saúde, ao direito, à economia, à governabilidade e à corrupção. Há uma negação de pagamento de impostos, cujos valores poderiam ser destinados à prestação de serviços públicos.
Calcula-se que um décimo dos cigarros consumidos no mundo são contrabandeados.
Para contribuir com informação ao nosso publico a Acerta Odontologia, trouxe uma entrevista do Dr. Drauzio Varela com o Dr. Orlando Parisi que é médico cirurgião do Sírio-Libanês especialista em cabeça e pescoço, falando magnificamente sobre os males do cigarro para a boca.
Desejamos a todos uma ótima leitura e deixamos aqui registrado nosso engajamento a essa campanha!
Boa Leitura e Até a próxima!

AGRESSIVIDADE DA FUMAÇA DO CIGARRO


Drauzio – Quais os danos causados pela fumaça carregada de agentes químicos que o fumante joga na boca dezenas ou mesmo centenas de vezes ao dia?
Orlando Parisi – A primeira coisa a considerar é que na fumaça do cigarro não há apenas nicotina e alcatrão. Testes laboratoriais demonstram nela existirem centenas de compostos comprovadamente cancerígenos que agridem a mucosa da boca. Além disso, ela sai do cigarro muito quente. Portanto, os danos à mucosa não advêm apenas dos agentes químicos, mas também da agressão térmica resultante da alta temperatura em que a fumaça é absorvida.
Há, ainda, outra agravante. Associar tabaco a bebidas alcoólicas implica consequências dramáticas, porque o álcool ajuda a dissolver tanto a nicotina quanto as demais substâncias nocivas presentes no cigarro, aumentando sua concentração. Mais concentrados, esses compostos irritam a mucosa e favorecem o aparecimento de lesões na boca que, com o passar do tempo, podem tornar-se malignas. Quem já não viu um fumante, numa roda social, dar uma tragada, pegar um copo de uísque ou de outra bebida qualquer, levá-lo à boca, beber um gole, descansar o copo sobre a mesa e dar nova tragada sem dar-se conta do mal que está causando ao próprio organismo.
Drauzio — O cigarro é uma droga compulsiva, que provoca repetidas, intensas e desagradáveis crises de abstinência. Como ex-fumante, com toda a sinceridade, não acredito existir, hoje em dia, dependente de nicotina que não queira abandonar de vez o cigarro. Como orientar essas pessoas?
Orlando Parisi — De fato, deixar de fumar não é fácil. Já assisti a todos os tipos de tentativas e de fracassos. Por isso, encaminhamos essas pessoas para grupos de apoio nos quais encontrarão profissionais especializados para ajudá-las. Se já houver uma lesão pré-neoplásica, esse recurso assume valor inestimável, porque parar de fumar é questão de sobrevivência.

LESÕES PREDISPONENTES PARA O CÂNCER DE BOCA


Drauzio – Você poderia começar falando das lesões pré-malignas que aparecem na boca?
Orlando Parisi – O câncer da boca basicamente incide sobre a população masculina, na proporção de três homens para cada mulher. Por isso, o cuidado maior deve recair sobre os homens na quarta década de vida e tabagistas. Neles, toda a lesão branca ou vermelha que surgir na boca precisa ser vista e acompanhada por um médico. O termo científico para tais lesões é leucoplasias com eritoplasias. São placas brancas, bem delimitadas, com aspecto mais ou menos característico.

Drauzio — Elas aparecem mais frequentemente em que lugar da boca?
Orlando Parisi — Aparecem na mucosa da bochecha, na língua ou no assoalho da boca e todo o fumante que notar sua presença deve procurar auxílio médico o mais depressa possível.
Gostaria de ressaltar, porém, que se atribui maior importância a essas lesões predisponentes para a gênese do câncer nos Estados Unidos e na Europa do que nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Aqui, talvez por falta de rastreamento populacional, em 85% dos casos, quando a doença é diagnosticada, o tumor está em fase avançada localmente na boca ou já atingiu os gânglios do pescoço. A terapia indicada nesse estágio da evolução pressupõe cirurgias mais radicais com impacto negativo no resultado final, no alto custo e no comprometimento da aparência física.
Drauzio  Essas lesões sangram necessariamente?
Orlando Parisi — Elas não sangram necessariamente. Na verdade, são muito heterogêneas na apresentação. Algumas formam um tumor na boca; outras, uma ferida ulcerada ou uma placa completamente assintomática. O aspecto é bastante variável. Por isso, qualquer coisa anormal que se note na boca, em especial na borda da língua, é motivo de preocupação e um médico deve avaliar o problema.

Drauzio — Os tumores de boca começam sempre por essas lesões ou eles podem instalar-se sem que elas surjam antes?
Orlando Parisi  Às vezes, eles se instalam diretamente sem que o doente perceba a presença de uma lesão pré-existente.

EXAMES PERIÓDICOS COM ESPECIALISTAS


Drauzio — O fumante, mesmo que não tenha nada, de quanto em quanto tempo precisa ir a um especialista para examinar a boca?
Orlando Parisi — No mínimo, uma vez por ano, de preferência a cada seis meses, o fumante deve submeter-se a exame rigoroso da cavidade oral. No Brasil, quem examina a boca quase sempre é o dentista. Infelizmente, nem todas as faculdades de odontologia preparam esses profissionais para identificar lesões que predispõem ao câncer. Por outro lado, quantas vezes a pessoa vai a um clínico geral que a examina com cuidado, mas não usa o abaixador de língua para olhar a boca o que é uma pena, pois talvez esse fosse o rastreamento populacional mais barato e simples de fazer, já que requer apenas uma lanterninha, o abaixador de língua e o olhar atento de um profissional.
Desse modo, não são raros os pacientes que, pouco tempo depois de uma consulta médica, perceberam alguma coisa estranha na boca durante a higiene oral, ou, pior, pessoas com lesões embaixo da dentadura que procuraram o dentista e tiveram a prótese desbastada para acomodar melhor o tumor que crescia.

Drauzio — Já vi casos de doentes com tumor embaixo da língua, acompanhados por otorrinolaringologistas, que nunca a tinham levantado para verificar se havia algo diferente naquele lugar.
Orlando Parisi — Porque isso pode acontecer, é sempre bom repetir que qualquer coisa estranha que apareça na boca, principalmente na dos fumantes, deve ser vista com muita seriedade.

INCIDÊNCIA DO CÂNCER DE BOCA


Drauzio — No Brasil, o álcool é barato e muita gente bebe demais. É interessante notar, porém, que nem todos os fumantes têm o hábito de beber. No entanto, quem bebe, normalmente fuma muito. Qual o reflexo desse comportamento na ocorrência do câncer de boca?
Orlando Parisi  De modo geral, estima-se que aproximadamente 90% dos portadores de tumores malignos de cabeça e pescoço ligados ao consumo de tabaco e álcool sejam tabagistas e 70% ingiram álcool com frequência. Na verdade, existem três fatores de risco principais para essa doença: tabaco, álcool e má higiene oral.
Não sei se existem dados confiáveis no Brasil inteiro, mas, na região metropolitana da cidade de São Paulo, ocorre a segunda maior incidência de câncer de boca do mundo. Só perdemos para a Índia. Em termos estatísticos, isso significa que em cada cem mil pessoas, cerca de dezenove desenvolvem câncer de boca.
Outro dado interessante baseia-se nas lesões predisponentes para o câncer de boca. No Estado de São Paulo, a estimativa é que haja cinco mil novos casos de câncer de boca por ano. Se considerarmos que a cada caso correspondem outros cinco de lesões predisponentes que podem demorar 20 anos para transformar-se num câncer, é possível imaginar que, em algum momento dessa etapa evolutiva da carcinogênese no Estado, haverá seiscentas mil pessoas com risco de desenvolver câncer ou com a doença já instalada.

Drauzio  Haverá especialistas em número suficiente para atender tal demanda?
Orlando Parisi — Em termos estaduais, não sei avaliar, mas na cidade de São Paulo é grande o número de cirurgiões de cabeça e pescoço. O grande problema, porém, é que a população de risco pertence, em regra, a um extrato social economicamente mais desfavorecido, que enfrenta enormes obstáculos para receber um serviço de saúde de qualidade. Muitas vezes, quando esses pacientes são atendidos, as lesões já estão em fase bem avançada. Para se ter uma ideia, há números que evidenciam a gravidade da situação.
No norte da Europa e nos Estados Unidos, os programas de rastreamento populacional não obtiveram resultados significativos na redução da curva de mortalidade ou da incidência do câncer de boca, mas conseguiram diagnosticar 85% das lesões ainda na fase pré-maligna, evitando que muitas evoluíssem mal. Aqui, ao contrário, os mesmos 85% representam as lesões malignas que chegam para começar o tratamento em estágio avançado. Por isso, defendo que uma política firme e determinada de rastreamento alcançaria resultados importantes na prevenção do câncer de boca.

AUTOEXAME E POPULAÇÃO DE RISCO


Drauzio  Você acha que o autoexame, isto é, a pessoa examinar a própria boca diante do espelho, abaixando a língua com uma colher e erguendo-a em seguida, ajudaria na prevenção da doença?
Orlando Parisi  Acho útil, mas é pouco provável que o autoexame ajude a pessoa a diferenciar as lesões benignas das malignas por causa da heterogeneidade de aspecto dessas lesões. Em relação ao câncer de mama, por exemplo, é fácil explicar à mulher a importância de apalpar o próprio seio e, notando algum caroço, procurar imediatamente o médico. Na boca, entretanto, não existe um único sinal característico de lesão maligna. Por isso, insisto: percebendo alguma coisa anormal na boca, a pessoa deve procurar um médico.
Acredito, também, em campanhas de esclarecimento cujo objetivo seja convencer os fumantes acima de 40 anos e as pessoas com história de parentes próximos que tiveram câncer de cabeça, pescoço ou de boca, da necessidade de exames periódicos, uma vez que há certa propensão familiar para essa espécie de tumor.
Outra população particularmente de risco é a que já teve algum tipo de câncer de cabeça ou pescoço e está curada. A recidiva costuma ocorrer em mais ou menos 5% dos pacientes a cada ano que passa. Por isso, o acompanhamento médico tem de ser permanente nesses casos.

Drauzio — É importante frisar que Dr. Parisi está se referindo exclusivamente ao câncer nesse local. Isso não vale para outros tumores. Por exemplo, quem se curou de um tumor de estômago e está curado, dificilmente terá outro câncer gástrico. Nos tumores de cabeça e pescoço, em 5% dos casos ao ano, existe a possibilidade de um segundo tumor primário desenvolver-se nas proximidades do lugar que já foi tratado. Por isso, mesmo os pacientes já curados não podem descuidar-se.

ERRADICAÇÃO DO CÂNCER DE BOCA


Drauzio — O que aconteceria se, num passe de mágica, o cigarro desaparecesse da face da Terra?
Orlando Parisi  Na área médica, o desemprego seria muito grande, porque haveria menos doentes para atender, já que o cigarro responde pelo surgimento de inúmeras doenças.
No caso específico dos tumores de boca, sem dúvida, eles seriam muito raros. E isso é apenas parte da equação. Diminuiria, também, a incidência de câncer de pulmão e de doenças do aparelho cardiorrespiratório, para não mencionar as outras patologias decorrentes da adição do fumo.
Se todos levassem a sério os danos que causa à saúde, o cigarro estaria proibido no mundo inteiro. Mas há quem defenda a não intervenção sobre o tabagismo. O argumento está nos impostos que sobre ele incidem, uma fonte de arrecadação nada desprezível. A mais otimista das análises, porém, indica que para cada real gerado pelo tabaco, o governo gasta R$1,60 com a saúde dos fumantes. São cifras cruas que consideram tão-somente as despesas com saúde sem levar em conta outros gastos maiores. Por exemplo, quanto despendeu a sociedade para formar o indivíduo que morre de câncer no apogeu profissional, aos 50 e poucos anos? Quanto vale o tempo que os doentes perdem de trabalho produtivo?

APARÊNCIA DA BOCA DO FUMANTE


Drauzio — Só de olhar a boca de uma pessoa, você é capaz de dizer se ela é fumante ou não?
Orlando Parisi — Sempre há alterações significativas na boca do fumante. A primeira é a halitose. O mau hálito dos fumantes tem características muito peculiares. Depois existem os problemas dos dentes e das gengivas.
Basicamente, o cigarro provoca uma inflamação crônica na mucosa que, irritada, favorece o aparecimento de lesões predisponentes. Constatado o problema, a pessoa deve ser avisada do risco que está correndo se continuar fumando.

Drauzio  Você nota essas alterações mesmo em fumantes jovens de 18 ou 20 anos?
Orlando Parisi — É claro que as alterações são menores em quem fuma há pouco tempo. No entanto, quanto mais longa a exposição ao tabaco, mais evidentes elas serão. Cada indivíduo tem uma capacidade diferente para desenvolver ou não um câncer ligado à dependência de nicotina. Na realidade, já se tentou correlacionar linearmente tempo e exposição ao tabaco para justificar o surgimento de um tumor, mas não se chegou a nenhum resultado preciso, porque o metabolismo dos agentes carcinogênicos do cigarro difere de pessoa para pessoa. Sabe-se que certos indivíduos herdaram características genéticas que os tornam menos vulneráveis aos efeitos do cigarro. Todo doente, aconselhado a parar de fumar, conta a história de um tio que viveu até os 90 anos fumando dois maços por dia. Esse privilégio de alguns está longe de transformar-se numa regra e não garante, em hipótese alguma, que o risco não exista para os outros membros da família.

Leia mais

Participe você também de nossa Campanha contra o câncer bucal!

Postado por em fev 12, 2012 em Dica da Acerta
A falta de informação sobre cuidados essenciais com a saúde bucal pode levar a sérios problemas. Um deles é o câncer de boca. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), todos os anos cerca de 15 mil brasileiros contraem a doença e 80% só a descobrem nas fases mais avançadas. Para contribuir contra essas estatísticas, promovemos, no dia 3/03, a “Campanha de combate do câncer bucal”.
Durante o dia do evento, apresentamos palestras, destacando dicas de prevenção e como detectar os sintomas desse problema. Além disso, os participantes receberam panfletos educativos, bexigas, picolés, refrigerantes, sucos e biscoitos.

Saiba mais sobre a doença

O câncer bucal, geralmente, aparece em regiões como as bochechas, garganta, língua, gengivas e céu da boca. Entre os principais causadores está o consumo do tabaco. Outros fatores responsáveis podem ser a ingestão excessiva de álcool e a exposição solar sem proteção nos lábios.
As lesões costumam se apresentar em forma de tumores, úlceras e placas brancas ou vermelhas, podendo comprometer outros órgãos como o ouvido. Pode ser fatal, caso não seja detectada a tempo de ser realizado o tratamento. Por isso, o ideal é que sejam realizadas visitas periódicas ao cirurgião dentista para que ele faça uma avaliação da sua saúde bucal. A auto-avaliação também é fundamental para detectar os sintomas.

Halitose,o que é isso?


Mau hálito ou halitosesão odores desagradáveis da boca, sendo que em 90% dos casos, a origem está na boca.
Como o olfato se adapta rapidamente a qualquer odor constante, o portador de halitose acostuma-se com o próprio hálito, não sendo capaz de perceber o seu problema.

Dicas para saber se você tem mau hálito
  1. Fazer um auto-exame na língua, diante de um espelho, para verificar se há saburra lingual, que é uma espécie de massa esbranquiçada ou amarelada, que se deposita na parte de trás (dorso posterior) da língua;
  2. Perguntar a uma criança (ou alguém de sua confiança, ex: pai, mãe) se ela sente em você algum mau cheiro bucal (as crianças e os pais geralmente são muito sinceros e não têm vergonha de dizer o que pensam);
  3. Consultar um profissional, pois ele tratará a causa e o efeito do problema

A halitose costuma provocar mudanças no padrão comportamental do indivíduo e que estas acabam por afetar suas relações interpessoais, sua segurança, espontaneidade e auto estima, o que termina por comprometer a sua saúde emocional.

No Brasil, pesquisas realizadas revelam que aproximadamente 30% da população sofre com este problema, cerca de 57 milhões de pessoas em 2010.
Trata-se de uma condição anormal do hálito que se altera de forma desagradável,um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio e deve ser identificado e tratado.
Pode ser de origem fisiológica (hálito da manhã, jejum prolongado, dietas inadequadas), razões locais (higiene bucal deficiente, placas bacterianas retidas na língua e/ou amígdalas, baixa produção de saliva, doenças da gengiva) ou mesmo razões sistêmicas (diabetis, problemas renais ou hepáticos, prisão de ventre e outros).
Alimentos
Alimentos muito temperados como alho, cebola, pimenta ou qualquer outro alimento de forte odor, podem causar halitose. O mau hálito poderá acentuar quando os resíduos alimentares se acumulam entre os dentes, nas pontes dentárias ou mesmo nas dentaduras.
Bactérias
A associação da halitose com cáries, gengivites, e periodontites também é correto, pois o desenvolvimento dessas doenças está relacionado a degradação de matéria orgânica pelas bactérias, gerando odor fético. As bactérias que vivem na boca acabam por proliferar devido aos resíduos de comida que ficam entre os dentes. Acumulam na língua, gengivas, dentes, palato e garganta. Como os resíduos fermentam, seus subprodutos geram o gás sulfeto de hidrogênio, o mesmo gás presente nos ovos podres. Essas bactérias se proliferam muito na parte posterior da língua, criando aquele muco esbranquiçado que geralmente constatamos ao acordar pela manhã.
O cheiro desagradável que se manifesta quando acordamos procede da boca seca durante o sono, como também dos pulmões devido a presença de corpos cetônicos, provenientes da queima de gordura. As glândulas salivares restringem ao mínimo sua produção durante as horas do sono,a  boca resseca, e as bactérias multiplicam-se, fazendo com que o mau hálito seja mais forte.
Mau hálito e estômago
Pesquisas efetuadas pela Associação Brasileira de Halitose, (ABHA) concluíram que é um mito que mau hálito teria origem no estômago. Segundo pesquisas isso raramente acontece e constatou-se ainda que este engano ainda persiste entre muitos profissionais da área de saúde.
A polêmica existe porque associou-se estômago vazio com halitose. É verdade, mas é um fenômeno passageiro.

Causas sistêmicas
Uma dentre as várias causas de mau hálito em humanos e animais pode ser o desequilíbrio da trimetilamina durante o processo digestivo. A trimetilaminuria é uma desordem genética na qual o corpo é incapaz de metabolizar a trimetilamina dos alimentos. Os pacientes com tal problema desenvolvem um típico odor de peixe no suor, na urina e no hálito, principalmente após o consumo de alimentos ricos em colina.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

ZIRCÔNIA NA ODONTOLOGIA

Devido a uma sociedade extremamente competitiva dos dias atuais, onde a aparência tem uma importância significativa de aceitação e auto-estima, houve nos últimos tempos, um grande aumento na demanda por procedimentos estéticos na odontologia. A cada dia os pacientes se tem se mostrado mais exigentes com a aparência de seus sorrisos e em especial nos tratamentos protético fixos, cada vez mais preocupados com a resistência e durabilidade dos materiais utilizados.
O material que vinha sendo utilizado nas últimos décadas eram as próteses fixas metalocerâmicas, que têm como finalidade de repor os tecidos dentários perdidos aliando a estética da cerâmica e a resistência do metal. Apesar de ser utilizada com sucesso por muitos anos, o uso do metal nessas próteses ainda causavam alguns problemas no ponto de vista estético. Com o tempo, pesquisadores do mundo todo passaram a buscar novos materiais para satisfazer estas exigências estéticas.

Atualmente, graças a tecnologia, foram desenvolvidos materiais cerâmicos a base de Zircônia, (o dióxido de zircônio – ZrO2) que de acordo com a literatura, possuem propriedades físicas,
mecânicas e estéticas suficie
A Zircônia pode ser utilizada na odontologia graças a tecnologia do sistema Cad-Cam, este nome é a sigla de “Computer Aided Design/Computer Aided Manufacturing” que tem um significado no inglês de “Desing feito por computador/Manufatura feita por Computador” feita por computador”. Neste sistema, é feito o molde dos preparos protéticos pelo dentista pelo método convencional onde será vazado o modelo de trabalho com gesso especial. Este modelo é levado a um scanner óptico (Cad-Cam) que leva as informações sobre a superfície do modelo de gesso ao computador e um software especial colhe estas informações para a montagem de um modelo virtual com medidas e dimensões exatas do modelo de gesso. Neste modelo virtual é possível para o técnico em prótesentes para substituírem as próteses parciais fixas metalocerâmicas em todas as regiões das arcadas dentais, até mesmo em próteses parciais fixas posteriores, onde há a necessidade de materiais mais resistentes devido as intensas forças mastigatórias desta região.
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dental, especificar e planejar as estrutura de Zircônia da futura prótese fixa. Feito isso o software envia estas informações a uma unidade de produção onde a peça protética é usinada em um bloco de Zircônia bruta. Esta peça passará em seguida por um processo de sinterização em um forno especial em altíssima temperatura para adquirir a resistência desejada e pronta para receber a cerâmica do protético.
Este processo produz peças protéticas com adaptação e resistência comparáveis aos metais e por ter uma cor branca e propriedades ópticas semelhantes as do dente natural, se torna a melhor escolha para a substituição do metal nas próteses fixas de porcelana.
A Zircônia pode ser utilizada em próteses fixas unitárias e atualmente em próteses fixas extensas de até 12 elementos. E por ser um material extremamente resistente e confiável, pode ser utilizado também em próteses sobre implantes e na confecção de pilares personalizados sobre implantes melhorando o aspecto estético, principalmente na região anterior.

Devido ao processamento diferenciado de sua cerâmica e sua alta qualidade final, a espessura do coping pode ser de 0,3mm em regiões anteriores, onde a estética tem grande relevância. Isso possibilita imitar as propriedades ópticas da dentina do paciente de modo que fique perfeitamente disfarçado pois há maior passagem de luz e, consequentemente maior translucidêz, assim como o dente natural. Outra vantagem dessa espessura reduzida do coping é preservar ao máximo a estrutura dental do paciente, podendo ser feitos preparos mais conservadores também em dentes posteriores, onde a espessura de desgaste mínima exigida é de 1,0mm.
A Zircônia também leva vantagem sobre o metal no ponto de vista biológico sendo altamente biocompatível, o que significa que ele é aceito pelos tecidos sem qualquer reação imunológica, não sofre oxidação ou corrosão nos fluidos bucais e sofre baixa adesão de placa bacteriana.
Além da prótese dental, a Zircônia vem sendo utilizada na confecção de brackets para aparelhos fixos estéticos na ortodontia. Neste caso os brackets tem uma aparência muito mais discreta e mais resistente que os antigos de cerâmica pura. Mais recentemente surgiram também os primeiros implantes de 100% de Zircônia já com mais de 6 anos de estudos clínicos na Europa, podem ser uma opção para substituir em breve os implantes de Titânio nas regiões anteriores, pois por ter uma coloração branca, tem um melhor efeito estético na substituição dos dentes perdidos nesta região.
Com tantas qualidades, a Zircônia vem sem considerada por diversos pesquisadores como o principal substituto do metal na odontologia atual.

O que é o Implante Zigomático?



O que é o Implante Zigomático?

O Implante Zigomático é uma ótima opção para pacientes com perda óssea acentuada e que não querem passar por procedimentos de enxertos ósseos. São implantes de titânio fixados no osso zigomático por um acesso intra bucal. Os implantes zigomáticos têm como função servir de ancoragem para próteses dentárias.
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Essa técnica foi proposta pelo Professor Per Igvar Branemark, o precursor da Implantodontia moderna. Com a condição mínima de 02 Implantes Bilaterais e 2 Implantes anteriores e empregada com indicação precisa, apresenta índices de sucesso acima de 90%. Se você quer saber mais sobre esse procedimento e avaliar o seu caso particularmente, preencha o formulário ao lado e entraremos em contato com você o mais rápido possível.

Amálgama de Prata x Resina Composta

Muitos pacientes procuram os consultórios odontológicos com o objetivo de trocar as restaurações de amálgama por resina composta. Isso é possível? Sim, mas se você deseja trocar suas restaurações antigas exclusivamente para fins estéticos é melhor repensar!
O amálgama é toda liga metálica em que um dos metais envolvidos está em estado líquido, sendo esse geralmente o mercúrio. No caso do amálgama utilizado pelo dentista, trata-se de uma liga que contém limalha de prata, mercúrio e estanho, podendo conter também zinco e cobre.
O amálgama foi por muito tempo o material de escolha para os dentes posteriores. Atualmente, o material não é bem aceito pelo paciente por ser da cor prata. Pela falta de conhecimento das vantagens do material, muitas pessoas acabam influenciadas por profissionais mal esclarecidos ou mal intencionados e não pensam duas vezes antes de trocarem suas restaurações pela “massinha branca”.
Então, quais são as vantagens do amálgama?
Quando comparado às resinas compostas, apresenta:
  • Custo relativamente baixo;
  • Alta resistência mastigatória e resistência ao desgaste;
  • Maior durabilidade (10 a 20 anos em média);
  • Facilidade de execução da técnica restauradora;
  • Menor infiltração marginal com tendência a diminuição (corrosão marginal proporciona um melhor vedamento da cavidade);
  • Menor reincidência de cárie (condicionada à adaptação marginal).
Desvantagens do amálgama:
  • Antiestético;
  • Presença de mercúrio na composição (potencialmente tóxico ao profissional e ao paciente);
  • Necessidade de cavidades retentivas, com maior desgaste dentário (não há adesão do amálgama ao dente);
  • Liga sujeita a corrosão, implicando em pigmentação indesejável da estrutura dentária;
  • Necessidade de 2 consultas (o polimento deve ocorrer 48 horas após a condensação do material na cavidade).
Em relação a toxicidade do mercúrio é indiscutível que este elemento é altamente poluente e que acarreta importantes danos à saúde. Contudo nada foi atestado em relação a contaminação de dentistas, auxiliares e pacientes quando corretamente manipulado, a não ser realmente aquelas pessoas sensíveis ao mercúrio.
E as resinas compostas?
Os materiais resinosos, além da estética mais favorável, possuem adesividade, ou seja, a estrutura do dente pode ser mais preservada, além de não apresentar mercúrio. Além disso, a restauração pode ser concluída em uma única sessão.
O que avaliar?
Não se pode afirmar qual é o melhor material restaurador! Cada caso exige uma avaliação do profissional e uma técnica mais apropriada para a situação clínica e para o paciente!
Observar:
  • Estética exigida;
  • Saúde do dente;
  • Extensão e localização da restauração ou da cárie;
  • Hábitos de higiene do paciente.
Se você apresentar restaurações antigas e quiser substituir, pondere as razões, o custo-benefício e a necessidade!
A troca deve ser feita sempre que houver fratura, infiltração na restauração antiga ou presença de cárie!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

CONHEÇA NOSSA EQUIPE PROFISSIONAL

CORPO CLÍNICO

DR. DIEGO FONTENELE
- GRADUADO EM ODONTOLOGIA PELA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
-PÓS GRADUAÇÃO COM NÍVEL DE APERFEIÇOAMENTO EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL.
-ATUAÇÃO EM CLÍNICA GERAL E PRÓTESE DENTÁRIA.
-ESPECILIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA
-ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA
-PÓS GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA ESTÉTICA

BMP-2: tecnologia a serviço do implante dentário

Quais são motivos que fazem as pessoas a estarem cada vez mais preocupadas com a sua saúde bucal e por conhecer os benefícios do implante dentário? A melhor resposta é que a qualidade de vida de quem adere ao implante dentário aumenta em 100%. Além do mais, o implante dentário também interfere, principalmente, na eficiência em mastigar os alimentos, no qual as pessoas reaprendem e descobrem novos sabores nos alimentos, e também, por proporcionar uma nova autoconfiança e estética.
Atualmente as tecnologias estão cada vez mais desenvolvidas, a cada ano novos estudos e resultados científicos são apresentados para a melhoria da qualidade de vida. São novas descobertas, novos procedimentos e novos tratamentos, o que gera benefícios tanto para os pacientes quanto para o profissional que irá aplicar e cuidar do seu paciente. A tecnologia beneficia ambos os lados.
Porém, com relação ao implante dentário, é grande o número de pessoas que possuem receio de aderirem, tudo porque é de conhecimento que o processo não é tão simples quanto nós desejamos. Mas, não é motivo para desistirmos ou nos deixarmos levar por nossos medos. É claro que cada caso é diferente do outro, algumas pessoas possuem algumas vantagens na hora do procedimento, mas, outras acabam por sofrer algumas dificuldades, e, uma das maiores é a perda óssea. Em casos da perda óssea o procedimento para reverter é o enxerto ósseo, mas, é neste exato momento que entra a tecnologia BMP-2, na qual é um novo tratamento que está surgindo e gera bons resultados, de uma forma mais simples se comparado com o enxerto ósseo.
Conforme os especialistas, para a realização de um implante é necessário certa quantidade de osso, que nem sempre é disponível, por isso, algumas vezes existe uma redução de volume ósseo na área do implante. Além disso, quando há dentes na região, a perda óssea poderá comprometer os mesmos. Por essa razão a odontologia busca por novos meios para as reconstruções ósseas, e o BMP-2 é feito de modo que uma instalação de esponjas embebidas em BMP-2 sob placas de telas ou de titânio venham a definir o arcabouço para a formação óssea.
Tudo isto graças à tecnologia BMP-2, na qual isola a principal proteína para regeneração óssea e em seguida derivaram de forma sinteticamente a BMP-2, na qual induz a transformação de células tronco a células que sejam produtoras de tecidos ósseos. Por isso, e por estas novas descobertas, os receios do implante estão sendo quebrados e cada vez mais a odontologia está provando que é seguro, sim, e que compensa o investimento. Nada mais de se sentir inseguro na hora da consulta com o seu dentista! Aproveite para conhecer ainda mais os benefícios gerados com o implante dentário.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

L-PRF na Implantodontia: 2ª geração dos concentrados de plaquetas

L-PRF: Fibrina Rica em Plaquetas e Leucócitos

Biomaterial autólogo para cicatrização, incorporando em uma matriz de fibrina autóloga leucócitos, plaquetas e fatores de crescimento, colhidas a partir de um de uma simples amostra de sangue.

Foi desenvolvido na França por Choukroun. Pode ser considerado como um concentrado de plaquetas de segunda geração, porque é produzido sem qualquer anticoagulante ou agentes gelificantes. O sangue venoso é recolhido em tubos de vidro secos (sem anticoagulantes) e centrifugado a 3000 rpm a baixa velocidade a cerca de 400g por 12min (Protocolo Process, Nice, França) gerando uma membrana de L-PRF que pode inclusive ser suturada sob o tecido.

Aplicações clínicas do L-PRF em Odontologia e Implantodontia

Concentrados de plaquetas para utilização cirúrgica

No campo dos concentrados de plaquetas para utilização cirúrgica, a maioria dos produtos são denominados Plasma Rico em Plaquetas (PRP). Infelizmente, este termo é muito geral e incompleto, levando a muitas confusões no banco de dados científico. Dohan Ehrenfest et al. 2012 propõe um sistema preciso e simples para terminologia dos concentrados de plaquetas para utilização cirúrgica.
Classificação dos concentrados de plaquetas
Quatro categorias principais de produtos podem ser facilmente definidos, dependendo do seu conteúdo de leucócitos e arquitetura de fibrina:

P-PRP e L-PRP referem-se à forma inativa líquida destes produtos, sendo as suas versões ativadas, respectivamente chamado P-PRP gel e L-PRP gel.

O objetivo desta busca de um consenso na terminologia é reclamar uma caracterização mais séria destes produtos. Os pesquisadores têm que estar cientes da natureza complexa desses biomateriais, a fim de evitar mal-entendidos e conclusões errôneas. Compreender os biomateriais ou acreditar na magia de fatores de crescimento? A partir desta escolha depende o futuro do campo.(Dohan Ehrenfest et al. 2012)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O QUE É BRUXISMO?


O bruxismo (do grego βρυχμός = ranger os dentes) é um transtorno funcional (um hábito) que leva o paciente a ranger os dentes de forma rítmica enquanto acordado e ainda mais fortemente durante o sono. A pressão dos dentes inferiores e superiores, uns sobre os outros, pode ser até dez vezes maior do que a usada para mastigar alimentos duros. Trata-se de um movimento involuntário dos músculos da mastigação, causando atrito entre os dentes. O bruxismo pode ser observado em pacientes de todas as idades e apesar de ser mais frequente durante o sono, também pode ocorrer com o indivíduo acordado.

Quais são as causas do bruxismo?

O bruxismo está altamente associado ao estresse, ansiedade, raiva, frustração ou tensão e pode atingir qualquer pessoa, independente da faixa etária. O bruxismo diurno é uma atividade semi-voluntária de apertar os dentes inferiores contra os superiores e vice-versa e o bruxismo noturno é inconsciente. Ele pode ainda estar associado à má oclusão dos dentes, a outros problemas do sono, como a apneia, por exemplo, dor de ouvido ou de dente e refluxo gástrico, ou ser efeito colateral incomum de alguns medicamentos e complicação de doenças, tais como a doença de Huntington ou doença de Parkinson, por exemplo. A idade, uma personalidade agressiva, certas substâncias estimulantes, como cigarro, álcool, cafeína e drogas também podem atuar como fatores precipitadores e aumentar o risco de bruxismo.

Quais são os principais sinais e sintomas do bruxismo?

Os principais sinais e sintomas do bruxismo são o ranger dos dentes, às vezes tão alto que se torna audível para as outras pessoas; dentes achatados, fraturados, lascados ou soltos; esmalte dental desgastado; dor na face ou na mandíbula; hipertrofia da musculatura da face; dor de cabeça; sensação de calor ou frio nos dentes; dores musculares que podem atingir o pescoço ou mesmo os ombros; fadiga; alinhamento incorreto dos dentes e fechamento inadequado da boca.

Como o médico/dentista diagnostica o bruxismo?

O bruxismo geralmente é diagnosticado a partir do relato do paciente e/ou das pessoas que convivem com ele, mas muitas vezes o reconhecimento dele só é feito depois que surgem algumas complicações como desgastes nos dentes, dores na musculatura mastigatória, estalidos nas articulações, perdas ósseas da mandíbula, travamento das articulações temporomandibulares etc. Como a maioria dos casos de bruxismo acontece durante o sono, a polissonografia(exames do sono) é útil para identificar o grau desses movimentos.

Como o médico/dentista trata o bruxismo?

O tratamento do bruxismo deve ser feito preferencialmente pelo dentista, mas os médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos também podem ajudar com tratamentos de suporte. Ele deve começar por reconhecer o problema e tentar achar suas causas. A terapia mais empregada atualmente é a utilização de placas interoclusais (férulas). Trata-se de um recurso paliativo para o alívio dos sinais e sintomas da articulação temporomandibular associada ao bruxismo, as quais protegem os dentes dos desgastes provocados pelo hábito. A tensão psicológica pode ser tratada por meio de psicoterapia, prática de esportes e exercícios de relaxamento. Os distúrbios psíquicos devem ser aliviados e medicados.

Como evolui o bruxismo?

O bruxismo ocorre em cerca de 15% das crianças e em menos de 5% dos indivíduos adultos, indicando, assim, que à medida que as pessoas envelhecem essa condição se escasseia.

Quais são as complicações possíveis do bruxismo?

O bruxismo causa desgaste anormal do esmalte dos dentes e das gengivas, causando dor. Pode provocar mesmo quebra e fissuras em dentes mais frágeis. O bruxismo causa também dores de cabeça tensionais, que surgem por contração excessiva dos músculos da mastigação e que podem atingir rosto, pescoço, ouvido e até ombros. Outra complicação comum do bruxismo é a dor na articulação temporomandibular.

Sorriso gengival – Estetica dental com cirurgia plástica gengival

O sorriso gengival ocorre quando a pessoa mostra exageradamente a gengiva ao sorrir. Dependendo do grau desta exposição gengival pode haver comprometimento da estética, pelo qual o paciente pode ficar inibido a sorrir com naturalidade e como extensão pode haver problemas psicológicos como traumas, insegurança e retração social.
É causado por uma associação de fatores, entre eles: problemas na erupção dentária onde os dentes ficam submersos sob a gengiva. Freio labial muito tenso, tonus da musculatura labial deficiente.
Na maioria dos casos uma cirurgia plastica gengival simples (gengivectomia) pode resolver o problema do sorriso gengival. Em casos mais acentuados pode ser necessária uma cirurgia para remodelação do osso e/ou recontorno dos dentes com resinas ou próteses estéticas.
Em alguns casos uma gengivectomia pode ser indicada quando há crescimento exagerado da gengiva em pacientes que usam aparelho dentario ortodontico ou apenas para estética
Pós operatório:
A recuperação após a cirurgia de sorriso gengival é boa. Pode haver ardência na região operada mas normalmente é temporária. Como o tecido fica exposto após a cirurgia, é necessário evitar alimentos duros que podem machucar, e também alimentos ácidos que causam sensação de ardor.
Pode haver a formação de um material branco ou esbranquiçado na gengiva. Se após a limpeza não for possível removê-lo, não force, caso contrário pode se machucar. Na boca a “casquinha”da ferida tem esse aspecto e conforme a nova gengiva for se formando, irá desaparecer sozinho. Em 7 dias já terá um aspecto bastante normal e se houver pontos poderão ser removidos.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

DICAS: ESCOVAÇÃO


Tomar chocolate quente para se aquecer à noite
Se depois disso você cair no sono e dormir, sua boca acabou de ser preparada para o ataque das bactérias causadoras da cárie dental.
“Durante o sono há uma diminuição da produção de saliva, que ajuda na limpeza bucal, deixando o alimento fermentando por muito tempo no dente. Dessa forma, a formação da cárie será mais rápida e com grande poder de destruição. A única maneira de evitar isso é fazer a higiene bucal após o consumo de qualquer alimento, principalmente os doces”, diz o especialista

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

COROAS E PONTES - CONHEÇA MITOS E VERDADES

O que são Coroas e Pontes?
Tanto as coroas como as próteses fixas são cimentadas no dente ao contrário dos recursos móveis, como as dentaduras e próteses parciais removíveis, que podem ser retiradas e lavadas diariamente. As coroas e próteses fixas por serem cimentadas nos dentes existentes ou em implantes só podem ser removidas pelo dentista.
Como funcionam as coroas?
A coroa é utilizada para cobrir inteiramente ou somente uma parte da coroa de um dente danificado. Além de conferir maior resistência a um dente danificado, a coroa pode ser utilizada para melhorar sua aparência, o formato ou alinhamento dos dentes no arco. Uma coroa também pode ser colocada sobre um implante, dando-lhe o formato e estrutura parecidos com a do dente natural, a fim de que este possa desempenhar suas funções. As coroas de porcelana ou cerâmica podem combinar com a cor natural de seus dentes. Outros materiais usados são o ouro e as ligas de metal, o acrílico e a cerâmica. Estas ligas metálicas são geralmente mais resistentes que a porcelana e podem ser recomendadas para os dentes posteriores. A porcelana é ligada a uma estrutura metálica e é utilizada, em geral, por ser resistente e atraente.
Seu dentista pode recomendar uma coroa para:
Substituir uma grande restauração quando não restar muita estrutura do dente;
Proteger um dente enfraquecido por fraturas;
Restaurar um dente fraturado;
Ligar uma prótese;
Cobrir um implante dentário;
Cobrir um dente descolorido ou deformado;
Cobrir um dente que tenha sofrido um tratamento de canal.
Como funcionam as próteses fixas (ou pontes)?
A prótese fixa pode ser recomendada se você tiver perdido um ou mais dentes. Falhas deixadas por dentes ausentes podem fazer com que os dentes remanescentes girem ou se movam para os espaços vazios, resultando em uma mordida errada. O desequilíbrio causado pelo dente ausente também pode levar à gengivite e à disfunção da articulação temporomandibular (ATM).
As próteses fixas são comumente utilizadas para substituir um ou mais dentes ausentes. Elas preenchem o espaço onde não há dentes e podem ser cimentadas aos dentes naturais ou implantes próximos ao espaço vazio. Estes dentes, chamados de pilares, servem de âncoras para as pontes. Um dente substituto denominado pôntico é soldado às coroas que revestem os pilares. Assim como ocorre com as coroas, você poderá escolher o material utilizado para as pontes. Seu dentista poderá ajudá-lo a decidir levando em consideração a localização do dente ausente (ou dentes ausentes), a sua função, os aspectos estéticos e o seu custo. As próteses fixas de porcelana ou de cerâmica devem ter a mesma cor que a natural dos dentes.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Enxerto ósseo com material sintético

O Enxerto Ósseo pode ser indicado como solução para alguns problemas que dificultam a colocação de Implantes Dentários. A principal indicação é para reconstrução óssea na falta de espessura ou altura suficiente no maxilar do paciente, criando novamente estrutura para colocação do(s) implante(s). Essa condição é consequência da reabsorção óssea que se inicia assim que o dente e raiz são perdidos e progride ao longo dos anos.
Outra aplicação de enxerto sintético é na cirurgia para levantamento do seio maxilar. O material é usado para preencher a pequena cavidade que fica após o levantamento do seio e tem o objetivo de estimular a regeneração óssea para possibilitar a colocação o implante.
Uma das opções para enxertos ósseos são os materiais sintéticos, com características muito próximas do osso humano.
Quais são os tipos de Enxertos Ósseos Sintéticos existentes?
Enxertos Ósseos Sintéticos normalmente são produzidos em laboratórios, com base em muita pesquisa para assegurar a biocompatibilidade dos materiais no organismo humano, a fim de evitar rejeição ou infecção. Os principais materiais que compõe os Enxertos Sintéticos são cerâmica, polímeros, hidroxiapatita sintética ou outros minerais. A principal função desses enxertos é ajudar na regeneração de tecido ósseo e preservação do volume local. Depois de aplicado, o material sintético é gradualmente absorvido pelo organismo e vai sendo substituído aos poucos por osso vital.
Os Enxertos Ósseos Sintéticos normalmente vem em forma de grânulos, o que permite ao dentista versatilidade e maleabilidade no uso.

Como funcionam?
No ato da cirurgia, o Dentista mistura o Enxerto Ósseo Sintético com um pouco de sangue do próprio paciente. Essa mistura é colocada na área deformada para fazer as devidas correções. O Sangue é importante nesse processo para vitalizar a formação óssea no local e é esperado que no período dos próximos 6 meses o osso esteja completamente regenerado, permitindo a partir daí a colocação do(s) implante(s).

Existe vantagem do material sintético sobre o material natural?
Pode-se dizer que a principal vantagem do enxerto sintético sobre enxerto natural é que não é necessário fazer mais de uma cirurgia, como acontece nos casos de transplante autógeno (quando é necessário retirar um pedaço de osso de outra parte do corpo do paciente para fazer a enxertia no osso maxilar). No entanto, a escolha do material adequado é feita apenas pelo profissional ortodontista depois de uma criteriosa avaliação de cada caso. A prevalência é que o procedimento seja feito com osso natural, preferencialmente do próprio paciente.
Nossa equipe já realizou mais de 5000 implantes e em muitos casos foram usados enxertos ósseos sintéticos para recriar a área do(s) implante(s) ou nas cirurgias de levantamento de seio maxilar com sucesso.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

ENXERTO ÓSSEO E GENGIVAL

Dúvidas sobre Enxerto de gengiva e perda óssea

Dúvidas Freqüentes em Implantodontia


Tive dois implantes superiores e frontal mal sucedido, fiquei com a gengiva altíssima. Então fui em outra profissional, ela retirou os dois pinos e fez enxertos ósseo e enxerto gengival, num total de sete cirurgias, nessa última cirurgia ela colocou os dois pinos, mas está altíssima ainda a gengiva e muito feia. Será que a minha gengiva vai descer ?
A gengiva se apóia no osso que está logo abaixo e normalmente não se movimenta nem se desloca sozinha. O osso por sua vez não se modifica mais após a colocação dos implantes, por isso o implantodontista somente insere os implantes depois que estiver satisfeito com a estética da base óssea.
Os casos que envolvem a perda óssea na região anterior são os mais difíceis de resolução. Requerem literalmente muita paciência por parte do paciente pois as dificuldades técnicas são muito grandes normalmente.
O procedimento de enxerto de gengiva é dos mais difíceis na odontologia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

LENTES DE CONTATO DENTAL

Lente de contato dental: o que é e para que serve?
O que é:
São lâminas finas de cerâmica ou porcelana coladas ao esmalte do dente para corrigir manchas leves, imperfeições, lascas e fraturas. Segundo o especialista, comparada com as técnicas tradicionais de laminados e coroas, a ‘lente de contato’ preserva muito mais a estrutura dental.
Como funciona?
Depois de colada, a faceta adquire resistência ao desgaste semelhante ao esmalte dental. “A durabilidade de qualquer restauração indireta é de aproximadamente dez anos, podendo durar mais ou menos de acordo com vários fatores, desde a indicação e execução clínica, até os cuidados do paciente durante a manutenção”, completa.
Para quem é indicado
A técnica é indicada para pessoas com dentes muito espaçados, mal posicionados ou irregulares, mas que não tenham nenhum problema severo na articulação temporomandibular (ATM).
“Costumo indicar ‘lentes de contato’ para pacientes adultos que já terminaram a fase de crescimento facial e que tenham um sorriso que necessita de acréscimo de material, principalmente quando não há necessidade de preparo ou desgaste dental. Um bom exemplo são os pacientes que têm dentes anteriores desgastados”.
Escurecimento
Fumantes e pessoas que ingerem muito café, vinho ou chá devem estar cientes que essas substâncias podem escurecer as lentes dentais. Isso pode ser revertido por meio de um clareamento dental antes da colocação da lente deixando uma margem de 21 dias entre uma técnica e outra.
Contraindicação
“A lente de contato dental só não é indicada para crianças e adolescentes, ou quando o paciente já tem prótese de porcelana ou cerâmica no dente”,

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Implantes Dentários nos últimos tempos

O que são implantes dentários?
Implantes dentários são suportes ou estruturas de metal (normalmente de titânio) posicionadas cirurgicamente no osso maxilar abaixo da gengiva para substituir as raízes dentárias. Uma vez colocados, permitem ao dentista montar dentes substitutos sobre eles.
Como funcionam os implantes dentários?
Por serem integrados ao osso, os implantes oferecem um suporte estável para os dentes artificiais. Próteses parciais e totais montadas sobre implantes não escorregarão nem mudarão de posição na boca, um grande benefício durante a alimentação e fala. Esta modalidade de prótese é chamada “protese sobre implante” e confere ao paciente mais segurança em todas as funções bucais proporcionando uma situação mais natural do que pontes ou dentaduras convencionais.
Para algumas pessoas, as próteses e dentaduras comuns são simplesmente desconfortáveis ou até inviáveis, devido a pontos doloridos ou falta de adaptação a estes aparelhos. Além disso, as pontes comuns devem ser ligadas aos dentes em ambos os lados do espaço deixado pelo dente ausente. Com a colocação de implantes não é necessário preparar ou desgastar um dente natural para apoiar os novos dentes substitutos no lugar como é feito em pontes fixas convencionais.
Para receber um implante, é preciso que você tenha gengivas saudáveis e ossos adequados para sustentá-lo. Você também deve comprometer-se a manter estas estruturas saudáveis. Uma higiene bucal meticulosa e visitas regulares ao dentista são essenciais para o sucesso a longo prazo de seus implantes.
Os implantes são, em geral, mais caros que outros métodos de substituição de dentes e a maioria dos convênios não cobre seus custos.
O tipo de implante mais recomendado na atualidade é o ósseo integrado que se mostrou uma revolução no tratamento de pacientes parcial ou totalmente desdentados.
Implantes ósseo integrado: — são implantados por meio cirúrgico diretamente no osso maxilar. O período da osseointegração (integração ao osso) leva em média 4 a 6 meses dependendo da região a receber o implante. Após este período, uma segunda cirurgia é necessária para ligar o implante ao meio bucal, nesta fase o cirurgião dentista remove a gengiva que está recobrindo o implante e finalmente, um dente artificial (ou dentes) é conectado ao implante, individualmente, ou agrupado em uma prótese que pode ser de dois tipos:
Prótese Protocolo: — Prótese total implantosuportada e implantoretida, fixada sobre 4 a 8 implantes em média, este tipo de prótese é parafusada e retirada apenas pelo seu dentista, é uma prótese que confere boa estética e é uma ótima opção para quem pretende fugir da dentadura, o único incoveniente é que este tipo de prótese é mais difícil de ser higienizada pois todos os detes são conectados entre si, exigindo bastante cuidado do paciente. Pode ser feita em resina ou porcelana.
Prótese Overdenture: — Prótese total removível sobre implante, este tipo de prótese é mais barata que a prótese protocolo porque exige menos implantes (2 a 6 em média) e é confeccionada em resina. Esta prótese é como uma dentadura, porém, tem um encaixe em uma barra que conecta os implantes à prótese, conferindo a esta mais estabilidade e retenção. Esta prótese pode ser retirada pelo paciente e por isto a sua higienização é facilitada.
Clínica Odontológica Deus é Fiel
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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Extração do siso: cuidados após a cirurgia garantem boa recuperação



 

 Os dentes do siso ou do juízo, como são popularmente conhecidos, são sinônimos de dor de cabeça para muita gente quando começam a dar as caras. O medo e a insegurança podem tomar conta daqueles que precisam fazer a extração do siso, principalmente por conta do pós-operatório. Segundo o dentista Rodrigo Bueno de Moraes, consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia, os primeiros cinco ou sete dias seguintes à extração do siso são os mais decisivos. "A cirurgia estimula uma sequência de reações inflamatórias nos tecidos ao redor da área da extração do siso, inclusive com possíveis feridas que ficam expostas ao ambiente de bactérias, vírus e fungos, comuns a boca", diz. Por isso, seguir os cuidados descritos pelo dentista é fundamental para reduzir a margem de desconforto e risco após a extração. Pensando nisso, conversamos com especialistas no assunto e separamos a melhores dicas para que a sua recuperação após uma extração do siso seja tranquila e sem transtornos:

 

Tome todas as medicações

O seu cirurgião-dentista irá prescrever uma série de medicamentos para impedir que o local da extração infeccione ou inflame. "Podem ser usados analgésicos leves, moderados ou fortes, sedativos, anti-inflamatórios esteroides ou não esteroides e antibióticos", lembra o dentista Eduardo. O tempo de medicação deve ser estabelecido pelo profissional, mas no geral são três dias para medicação analgésica e de cinco a 15 dias para os antimicrobianos. O dentista também pode receitar enxaguantes bucais específicos, bem como géis e outros produtos tópicos para a higiene do local. O recomendado é para que o paciente avise o seu dentista caso sinta dores que não possa suportar para que a medicação prescrita possa ser revista.  

Faça compressas para o inchaço

Sofrer com edemas após a cirurgia é muito comum, e sua gravidade depende da intensidade da cirurgia e do tipo de anatomia do paciente, como sua musculatura, a amplitude bucal e a articulação da mandíbula chamada de ATM. "Além dos aspectos citados, o inchaço ou edema também pode ser uma resposta do organismo para contribuir com o reparo e a cicatrização cirúrgica", ressalta Eduardo Rollo. Para diminuir o inchaço, aplique nas primeiras 24 horas uma compressa gelada a cada 20 minutos, durante 10 minutos aproximadamente. Repita conforme necessário. Após esse primeiro dia, trate o inchaço com compressas quentes, aplicando uma toalha quente e úmida na área de 20 em 20 minutos, repetindo conforme necessário.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A importância do reforço positivo na Odontopediatria

Para muitos adultos, a consulta com o dentista é motivo de grande desconforto e apreensão. A causa desse sentimento desconfortável, na maioria das vezes, vem de “traumas” que esses adultos tiveram no dentista, na infância.
Muitos pais postergam o tratamento das crianças com medo de que elas venham passar por experiências desagradáveis e na boa intenção de mantê-las sem a experiência odontológica desde cedo, acabam contribuindo para uma evolução negativa de saúde bucal. Mas felizmente o Odontopediatra está capacitado e habilitado para fazer do momento da consulta da criança um momento de descontração e segurança.
Em meu consultório, sempre ouço: “Se na minha época fosse assim como é hoje, eu não teria medo de dentista” e realmente, os estudos mostram que a experiência e o primeiro conceito que formamos diante de uma determinada situação, é o que predomina.
Na Odontopediatria, nós prezamos muito pelo conforto da criança, sua satisfação e segurança. A qualidade entre a relação entre a criança e o Odontopediatra é considerada uma condição importante e eficaz para tratamento odontológico. Além do carinho, paciência e psicologia que o Odontopediatra tem, lançamos mão de uma técnica chamada reforço positivo que promove colaboração e redução de ansiedade por meio de uma recompensa.
A criança é recompensada pelo bom comportamento ou ajuda durante o atendimento. As crianças tendem a se sentir “impotentes” durante o tratamento, e quando o profissional consegue manter a atenção da criança e deixá-la sentir que “venceu” o tratamento proposto e ser merecedora de um presente no final, os faz sentir capazes e importantes, melhorando a autoestima e a cooperação, os deixando ansiosos para cooperar novamente na próxima consulta.
Como Odontopediatra, eu sempre faço muito reforço positivo verbal (com elogios) e não abro mão depois do atendimento de oferecer um presentinho para aqueles que cooperaram! Eles adoram, os pais também e tudo flui muito melhor!
Tenho uma gaveta cheia de mimos, onde deixo a criança escolher o que ela quer, e eles gostam muito!
Dos presentes de reforço positivo, sempre tem os que as crianças gostam mais, que são:
Tatuagem
Medalha de corajoso / finalização de tratamento

Borracha de dentinho
Adesivos temáticos

Bexigas

Novidades para o tratamento da Atresia Maxilar

O estreitamento do céu da boca ou palato (chamada de atresia do arco dentário superior) atinge 90% dos pacientes com fissura labiopalatina e cerca de 20% da população em geral. O problema pode afetar a função mastigatória e a estética facial e sorriso da pessoa. O tratamento com aparelhos convencionais faz a expansão da maxila de forma homogênea (na frente e atrás, ou só na frente do arco dentário), necessitando de cerca de um ano de intervenção.
No intuito de aprimorar este tipo de tratamento, pesquisadores e profissionais do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP, em Bauru, desenvolveram um aparelho ortodôntico com design inédito que traz benefícios clínicos e reduz em 50% (de um ano para seis meses) o tempo da intervenção.
A nova tecnologia — chamada aparelho expansor maxilar diferencial — se distingue dos aparelhos convencionais porque permite produzir expansões distintas na região anterior e posterior do arco dentário. “O expansor diferencial possibilita controlar a quantidade de expansão tanto na parte posterior como na anterior, eliminando a necessidade do uso de dois aparelhos. Reduz ainda o aparecimento de efeitos colaterais, como sobre-expansão dos dentes molares e problemas gengivais”, explica a professora Daniela Garib, uma das inventoras do aparelho.
A inovação resultou em depósito de pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) em 2011 e, desde 2014, está sendo produzida, em caráter experimental, por indústria norte-americana de materiais dentários.
Resultados positivos
Para investigar os resultados com o novo aparelho, a ortodontista Rita de Cássia Moura Carvalho Lauris, chefe técnica da Divisão de Odontologia do Centrinho, em sua tese de doutorado, testou e avaliou os efeitos da expansão rápida diferencial da maxila em pacientes com fissuras labiopalatinas e estreitamento do palato.
A pesquisa apontou que o expansor com abertura diferencial produziu efeitos ortopédicos e dentários semelhantes aos expansores convencionais, mas evitando a expansão posterior excessiva e reduzindo o tempo de tratamento ortodôntico antes do procedimento de enxerto ósseo alveolar.
“Os pacientes com fissuras passam por uma reabilitação complexa. Além dos benefícios clínicos, reduzir o tempo de uma etapa do tratamento traz impactos sociais muito positivos. São menos retornos, redução de despesas com viagem e hospedagem, além de menos faltas às aulas das crianças e ao trabalho dos pais”, salienta a pesquisadora Rita Lauris. O trabalho foi orientado pela professora Daniela Garib, que também é coordenadora do Programa de Pós-Graduação do HRAC e docente da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP.
Além da participação das pesquisadoras Daniela Garib e Rita Lauris, o desenvolvimento desse novo aparelho contou com o trabalho dos técnicos de laboratório do Centrinho, Lourival Garcia e Vagner Pereira.
Reconhecimento científico
Os resultados com o expansor diferencial têm obtido importante reconhecimento científico, nacional e internacionalmente. A tese de Rita Lauris, Avaliação dos efeitos dentoesqueléticos da expansão rápida diferencial da maxila em pacientes com fissura labiopalatina completa e bilateral, acaba de ser contemplada com menção honrosa na quarta edição do “Prêmio Tese Destaque USP”, na grande área Multidisciplinar. “Essa menção honrosa traz um reconhecimento pelo nosso trabalho em equipe. Um aparelho que foi desenvolvido e testado aqui no Centrinho e que, pelos resultados favoráveis, irá trazer benefícios à nossa rotina de reabilitação da fissura labiopalatina”, comemora a autora.
Para a orientadora da tese, professora Daniela Garib, a conquista representa uma certificação da qualidade da pesquisa que se faz no Centrinho e do Programa de Pós-Graduação da instituição. “É um estímulo para os pesquisadores do Hospital, que têm grande potencial de gerar novos conhecimentos, evidências e benefícios à sociedade, cumprindo o papel da Universidade”, pontua.
Os resultados obtidos com o novo aparelho foram publicados em respeitados periódicos científicos internacionais, como o Journal of Clinical Orthodontics, dos Estados Unidos, em 2014. A invenção da equipe do Centrinho-USP também foi vencedora da Olimpíada USP de Inovação 2011, na categoria “Tecnologias da Saúde e Biológicas”.

Via Dental Press